A VIAGEM.

Cheguei no aeroporto 2 horas antes do vôo. Foi tudo rápido e fácil. Convém saber c/antecedência tudo sobre bagagens. Algumas podem ser levadas c/você. Outras vão no porão do avião e irão direto p/a cidade final. Se houver excesso de peso, será cobrada uma taxa. E há uma série de produtos q não podem ser levados p/outros países. Pesquise ao comprar a passagem.
Um detalhe importantíssimo é a vacina contra a febre amarela. Poder ser tomada em qquer porto de saúde grátis. Mas depois você tem que ir à ANVISA no aeroporto p/receber a validação internacional. Depois, é só grampear no passaporte.
A viagem à Austrália é um teste de esforço. São hooooras de vôo, hooooras de conexões. E ainda há a questão dos fusos horários. Saí de Curitiba no dia 4 e cheguei em Sydney no dia 6. Bom se você tiver uma boa parceria; caso contrário...
Aproveite p/tirar fotos pela janela do avião. Os Andes chilenos são lindos! Então, é melhor escolher a poltrona da janela, se possível. A comida é ruinzinha, se você vai na classe econômica. E há um shopping internacional à bordo, onde você poderá comprar produtos importados que não comprou no free shop do aeroporto.
Fique longe da cozinha. Lá pelas tantas costuma acontecer um happy hour com os insones que bebem o que compraram e se danam a falar alto e gargalhar, não deixando os mais próximos dormir.

O INÍCIO DO SONHO.

Primeiro escolhi o lugar que eu mais gostaria de conhecer: AUSTRÁLIA. Depois, percorri algumas Agências de Viagens. Caríssimas! Pela Internet, eles acham que todo mundo q vai à Austrália é jovem querendo estudar. Recebi 1001 propostas, sobre 1001 cursos. Então fui pesquisar os sites sobre aquele país. Daí, encontrei sites sobre mochileiros, e descobri q a Austrália é um dos destinos mais procurados por esse segmento. As informações são muito valiosas.
Depois, pesquisei os preços de passagens: as da Aerolineas são as mais baratas. As da Emirades, as mais caras. Escolhi a Lan-Chile. Pesquisei sobre albergues, e me associei ao Albergues da Juventude.
Toda a pesquisa durou cerca de 1 ano.
Neste meio tempo, tirei meu passaporte. Isso dá ânimo pra gente seguir em frente. O Visto da Embaixada foi um capítulo à parte. Em Curitiba não há consulado daquele país, e tudo teve que ser feito online ou por Sedex. Um ano é tempo razoável para pesquisas sobre o lugar que pretendemos conhecer. Além disso, há despesas necessárias que podem ser feitas no decorrer do período: entrar de sócio p/o Albergue, tirar passaporte, tirar o Visto, comprar algum dinheiro.
Passagens estão sempre em promoção, e quanto mais cedo você comprar, mais barata ela será.
Comprei a minha em 8 parcelas, partindo de Curitiba, e incluindo todas as conexões: Curitiba/São Paulo/Santiago/Auckland/Sidney, ida e volta. Esse detalhe é importante para prevenir atrasos que possam provocar perda de conexões. Assim, se você já comprou com todas as conexões, se houver atrasos, a culpa não será sua, e a empresa terá que garantir seu embarque em outo horário, com direito à hospedagem e refeições. Dependendo do seu Cartão de Crédito, você poderá pagar sua passagem em 10-12 ou mais vezes.
A hospedagem é paga 10 % no Brasil - em reais - e o restante quando chegar no Albergue, na moeda local. Para quem não conhece, a idéia de albergue é um pouco...assustadora. Tendemos a achar que é um local de aparência duvidosa, sujo, com pessoas perigosas. Nada disso. É limpo, com regras de conduta, empregados educados e bem preparados. Ser sócia do Albergue facilita a vida do viajante, pois eles se encarregam de tudo, e se responsabilizam pelas reservas, o que nos dá uma garantia maior de bom atendimento, sem riscos de enganos.
Pela internet você pode fazer uma avaliação das despesas locais com alimentação, passagens, ingressos. Assim, poderá calcular quanto dinheiro irá precisar. Levar moeda estrangeira, só em pouca quantidade, para um lanche ou táxi assim que chegar. Com o Cartão Internacional do seu Banco, você poderá fazer retiradas nos caixas eletrônicos locais (ATM). Converse com o seu gerente.
Na próxima postagem, falarei da viagem de avião. Até lá.

MOCHILEIRA AOS 64 ANOS.

Meu nome é Eunice e estou na terceira idade. Viúva, aposentada, filha única criada, bem empregada e casada. De repente estava eu "procurando o que fazer".
Primeiro me filiei a um grupo de senhoras que se reuniam uma vez por semana para fazer trabalhos manuais e serviço voluntário ajudando os necessitados. Válido, mas não me satisfez. Só se falava de doenças, dores, remédios...e da ingratidão dos filhos. Continuei no grupo, mas resolvi voltar a estudar.
História sempre foi minha paixão! Infelizmente, o curso era com ênfase em Licenciatura, e eu jamais quis ser professora. Na verdade, a essa altura do campeonato, meu objetivo não era ter ou exercer uma profissão. Conhecimento era tudo o que eu buscava. Valeu porque foi na faculdade de Ensino À distância que eu me animei com a misteriosa informática.
Comprei um computador de segunda mão e fui à luta. Fiz vários cursinhos, "martelava" o coitado o tempo todo e tomei gosto. Hoje, cá estou eu com meu próprio blog.
Foi no Google que iniciei pesquisas sobre um tema que me acompanhou a vida inteira: VIAGENS. Sonho sempre adiado por prioridades outras: trabalho, filha, marido, "pouca grana". Viajei, sim, por alguns rincões brasileiro: Cidades Histórica de Minhas Gerais, Eclusas do Tietê, Foz do Iguaçú, Ciudad del Leste.
Mas meus vôos eram mais amplos. Começando pela AUSTRÁLIA. Mas como viajar ao outro lado do mundo, sem muito dinheiro, sem companhia, e com mais de 60 anos? As agências de turismo são para os mais abonados. Fiz "n"pesquisas.
Até descobrir que, com planejamento, orientação e simplicidade, é possível, sim, viajar o mundo.E esta é a proposta deste blog: contar a quem quiser saber como estou viajando pelo mundo, com pouco dinheiro, sozinha, de mochileira, alberguista. Uma vez por ano, é o suficiente.
Na próxima postagem falarei sobre a minha viagem à maravilhosa Sydney, Austrália. Espero que eu possa ajudar a outros da terceira idade a realizar seu sonho de aventura, em segurança. Até lá.